Cuidado com as Expectativas

“Se as coisas não estão combinadas e claras entre as partes, essas expectativas podem ser frustradas sem que a parte que as frustrou tenha culpa.”
Não é por ter feito um bom trabalho, dedicado, um favor, algo de destaque ou acima da média, que será merecedor de um prêmio, uma consideração diferenciada ou promoção. Se as coisas não estão combinadas e claras entre as partes, essas expectativas podem ser frustradas sem que a parte que as frustrou tenha culpa.

“Me apaixonei pelo que eu inventei de você” é trecho de uma música cantada por Marília Mendonça, que embora trate de um contexto amoroso serve bem para exemplificar o nosso cotidiano. Quantas vezes criamos expectativas em torno do que esperamos dos outros?

Geralmente, nossos relacionamentos pessoais e principalmente profissionais, são regados de ambição por retorno, todos temos interesses diversos. Não há nada de errado nisso, essas expectativas nos movimentam a buscar o aperfeiçoamento das relações e motivação para execução de atividades, porém não podemos querer das pessoas comportamentos, atitudes e ações que não são delas, que jamais prometeram desempenhar. 

Quando nos deparamos com essa realidade, nosso primeiro sentimento é de decepção. Segundo a psicologia, decepção é uma resposta relacionada a recompensas antecipadas, é o sentimento de insatisfação que surge quando as expectativas sobre algo ou alguém não se concretizam. Contudo, nem sempre é um sentimento legítimo, nos frustramos com pessoas que não são as responsáveis por provocar isso.  

Para evitar esses desapontamentos, nos momentos em que percebemos as decepções com pouca maturidade e sobriedade, não devemos criar expectativas sobre coisas que não foram combinadas de forma clara, assim evitaremos a fadiga e insatisfações com as pessoas.

“Aprendi a nunca esperar nada de ninguém. Desde então, eu só tenho surpresas, nunca decepção.” Augusto Branco, pseudônimo de Nazareno Vieira de Souza (1980) 
por Leonardo Moreira